Todos os dias, pontualmente 9h, Dona Orminda – que era pra ser Carlota – chega em uma esquina em Botafogo, com seu carrinho. Costureira profissional aposentada, agora ela vende balas para complementar a renda.
Seu único dia livre é domingo, quando vai à Igreja. Foi lá, em um cursilho, que ganhou um terço de crochê, gostou e aprendeu a fazer, talvez pra reviver a história. Os dias de costura profissional terminaram devido ao inchaço nos pés, pelas longas horas sentadas.
Os terços de crochê ficam timidamente expostos no seu carrinho de balas e ela tem alguns clientes fiéis. A maioria sabe que ela também costura roupas por encomenda e revende cosméticos.
Orminda passa o tempo fazendo os terços ou costurando alguma coisa quando o movimento é baixo e não pretende parar.